Combate à violência contra a mulher

Na data que incentiva a mobilização masculina, entenda os tipos de violência contra a mulher e o que pode ser feito para combater essa opressão.

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Combate à violência contra a mulher

Na data que incentiva a mobilização masculina, entenda os tipos de violência contra a mulher e o que pode ser feito para combater essa opressão.

Papo seríssimo agora, cara! Hoje, 6 de dezembro é o Dia do Laço Branco, que marca a luta dos homens pelo fim da violência contra as mulheres

A campanha começou após uma tragédia ocorrida em 1989, em Montreal, no Canadá. Marc Lepine invadiu uma escola politécnica canadense, ordenou que homens se retirassem, assassinou 14 mulheres e suicidou-se em seguida.

De onde vêm as agressões

Essa causa é uma responsabilidade de todos os homens, já que a maior parte das agressões sofridas pelas mulheres é cometida pelo sexo masculino.

Ok, ok, você vai vir com aquele papo de ”nem todo homem…” — e entenda que aqui não é sobre apontar dedos para um ou outro. A gente sabe que você, caro leitor, não tem esse tipo de comportamento, mas outros ao redor do mundo têm, e aqui trabalhamos com dados.

Eles dizem que os companheiros, ex-companheiros ou parentes são os principais agressores das mulheres que sofreram violência física (52,4%), psicológica (32%) e violência sexual (53,3%). O domicílio é o principal local da agressão das mulheres.

Tipos de violência contra a mulher

Homem branco de barba por fazer cerca mulher cerca a mulher, asiática, no banheiro, com o punho cerrado acertando a parede e posição ameaçadora. A imagem faz referência ao Dia do Laço Branco, de prevenção e luta contra a violência à mulher.

Foto: Timur Weber | Pexels.

É importante entender que violência não é só aquela física. Ela também pode ser verbal, psicológica. 

Segundo a Lei Maria da Penha, há 5 tipos de violência contra as mulheres, e, além desses, existe a violência política de gênero, criminalizada pela Lei 14.192, de 4 de agosto de 2021.

  • Violência física: essa, talvez, seja a forma mais perceptível na sociedade. É quando a mulher é vítima de agressões físicas, que vão desde um aperto nos braços até a tortura. 
  • Violência psicológica: é qualquer ato que cause danos psicológicos ou emocionais à vítima. Aqui, estão inseridas condutas como ameaças, humilhação, manipulação, isolamento, constrangimento, chantagem e vigilância constante. 
  • Violência sexual: é a conduta de impor que a mulher assista, realize ou participe de uma relação sexual não desejada. Quando falamos desse tipo de violência, fica claro o termo estupro, mas ela pode ir bem mais além. Atos mais sutis, como impedir que a mulher faça uso de métodos contraceptivos ou forçar a parceira a realizar atos sexuais em um matrimônio, também são considerados violência sexual. 
  • Violência patrimonial: é a retenção, subtração, destruição parcial ou total de bens, valores, documentos ou recursos econômicos.
  • Violência moral: é o ato de caluniar, difamar ou injuriar uma mulher. 
  • Violência política de gênero: são ações ou omissões com objetivo de dificultar ou impedir que a mulher participe da vida política e ocupe espaços para exercer seus direitos políticos.

O que pode ser feito — e a importância dos homens

Quebrar estereótipos da masculinidade

Sim, muita coisa pode começar com isso, com a desconstrução de mitos sobre o homem e sua masculinidade

‘’Se usar rosa, vai deixar de ser macho’’, ‘’Homem não chora’’ e outras afirmações sem noção contribuem para a manutenção de uma sociedade machista que afeta, além dos próprios homens, as mulheres.

Chega expressões machistas

Muitas reforçam a objetificação do corpo feminino e contribuem para a violência contra a mulher. Não é engraçado e também não é inofensivo, como pode parecer. 

Pesquise sobre isso e entenda mais sobre o assunto. O mesmo vale para piadas machistas: ninguém aguenta mais, nunca foi engraçado, mas só agora pararam para ouvir as reclamações das mulheres. 

Dá um toque naquele brother que faz esse tipo de coisa. Se você não rir, não repetir, ele vai parar.

Você sabe o que é machismo?

Sim, você pode até saber, mas nunca sofreu com isso. Então, quando uma mulher falar que uma situação vivida por ela foi machismo: escute! 

Procure entender os motivos dela e, se você foi o machista em questão, não custa se retratar. Para além de um pedido de desculpas, o importante é não repetir a ação.

Foto conceitual em que uma mulher de camiseta cinza e calça jeans procura se proteger da violência de um homem de camisa amarela, calça jeans e punho cerrado que se encontra em pé frente a ela, em posição ameaçadora.

Foto: Karolina Grabowska | Pexels.

Incentivar a liderança de mulheres

Uma das formas de contribuir para o fim da violência contra a mulher é incentivar as mulheres a serem líderes. É uma forma de ampliar as vozes delas.

Nunca culpe a vítima

Para combater a violência de uma vez por todas, precisamos entender que a vítima nunca merece ser culpada. A culpa nunca é dela, nunca mesmo.

 

“Ah mas e se a roupa era curta?’’  

“Ah, mas estava pelada’’ 

“Ah, mas tava andando de noite sozinha’’ 

Não tem justificativa. Ponto final. 

Ao culpar a vítima, amenizamos o lado do agressor, e isso é inadmissível. Violência contra mulher é crime! Quem comete merece pagar por isso, responder na Justiça, e a vítima merece acolhimento, amparo, e não julgamentos. 

O processo de apoio contra a violência que exige uma construção diária. Não é de uma hora para a outra: são muitas lutas, erros e acertos, mas o importante é se comprometer, não se omitir. 

Homem que é homem faz isso e apoia a luta a favor das mulheres.

Em parque com grama baixa e árvores ao fundo, homem e mulher dão-se as mãos de costas para a câmera. Ambos usam jeans. Ela usa, ainda, uma blusinha regata branca, e ele usa uma camisa de manga curta, quadriculada.

Foto: Colin Maynard | Unsplash

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Foto/Destaque: Amy Dianna | Flickr | Sob Licença CC BY-NC-ND 2.0